segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

da série: redações da faculdade, o que eu faço com isso agora?

bem, posto no blog! uma saída um tanto quanto narcisista digamos, mas ai vai...



Elephant - Gus Van San - 2003

Um quarto. Dois meninos. Um toca Für Elise de Beethoven ao piano e, o outro, está deitado na cama. A câmera gira numa tomada de trezentos e sessenta graus pelo quarto em uma filmagem digna do diretor do filme, Gus Van Sant.

Na parede, o desenho de um Elefante, o único momento em que a imagem, ou pelo menos o símbolo que empresta o nome ao filme, aparece.

O “Elefante no quarto”, ou o Elephant in the room, típica expressão americana, dá o tom do filme: ver além do que a cena realmente significa; o problema que está na frente de todos, mas ninguém realmente vê, ou pelo menos, admite vê-lo – prefere ignorar o “Elefante no meio da sala” ao ser o primeiro a levantar o assunto ou discutir a respeito.

Esses dois jovens estão, na verdade, prestes a cometer um crime que mudou a vida de muitos de seus colegas e professores e que chocou o mundo.

Elefante trata-se claramente de um filme de ficção, mas que tenta retratar o que teria ocorrido no famoso massacre de Columbine, ocorrido em abril de 1999 em que dois jovens atiraram a queima roupa professores e colegas da High School onde estudavam no Colorado, nos Estados Unidos.

O filme mostra a rotina de diversos jovens dessa escola momentos antes dos assassinatos a partir da perspectiva de cada um deles, como se relacionam e como suas vidas se cruzam.

Elefante retrata a juventude de hoje como ela é no que está se transformando. Os bullings, ato praticado por alunos que denigrem outros estudantes, preconceitos em geral, seja por questões físicas, intelectuais ou sociais, fazem com que o estudante sofra abuso e rejeição perante seus colegas de escola. Estes são apenas alguns dos fatores, às vezes, a ponta do iceberg que falta para desencadear no jovem, conflitos psicológicos maiores do que estão preparados para lidar ou, suportar.

Elefante transcende; não se trata apenas de um bom roteiro, um diretor excelente, uma história chocante e personagens complexos, ela mostra o que é o jovem de hoje diante de suas imperfeições, defeitos, complexos, frustrações e sonhos e como a vida pode mudar e passar diante de nossos olhos, sem cortes, numa tomada de trezentos e sessenta graus.





e que venha Milk! nao vejo a hora de assitir!


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