quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

A evolução dos sinais

Não sei, as vezes sinto que tenho tempo livre demais entre as milhões de tarefas diárias e me perco em pensamentos vãos e babacas
Outro dia em uma estação perdida da linha vermelha, me peguei filosofando sobre as futuras gerações tentando abstrair o fato de que os seres humanos precisam BERRAR para se comunicar e expressar sua emoção sobre o encontro no açaí com o Wellington ontem a tarde. Por isso que eu digo: fone de ouvido não é uma questão de estilo em transportes públicos: é necessidade.
Enfim, sem divagar tanto...
Quando queremos falar que ligamos para alguem, inevitavelmente, um dia, fazemos aquele sinalzinho bobo com o mindinho e o dedão, certo? Mas em minha divagação babaca pensei: ok, os telefones estão mudando, se todos virarem touch e o máximo de bocal e escuta que ele vá ter é uma placa, como fica o nosso querido e amado mindinho e dedão? Sinto que irei ser zoada por meus netos bem como rio quando minha vó chama a ala mais jovem da família de “mocidade”. Ou talvez o simples (e porque não imortalizado por nosso amado programa Fantasia) ato de apontar para o pulso para pedirmos as horas? O uso dos relógios diminuíram drasticamente com o horário nos celulares. Vejo por mim, meu relógio acabou a bateria, larguei num canto. Não preciso, tenho o celular. Agora inventaram uma moda de relógios coloridos e hypes iguaiszinhos a aqueles que eram moda em 98, só com o visor das horas digital, sabe? Quem sabe assim garantimos o futuro de pelo menos um comportamento dos anos 90 e eu paro de pensar inutilidades enquanto deveria estar preocupada em olhar a estação que preciso descer.